Nosso carro. Casados. Um grande, alto, espaçoso e prateado. Paramos num cantinho duma rua na praça. Cidadezinha mineira de interior. Cheia de autos estacionados mais pra lá. Coisa esquisita. Saí. Chegou uma senhora já pedindo licença pra entrar no carro. Surpreendentemente, minha ruivinha simplesmente abriu a porta e sailevantou levantossaiu. Deixou que a mulher manejasse o carro, desse uma volta em si, e estacionasse ao contrário. Gostou do carro. Perguntou quanto queríamos. Mas não está à venda! Como não? Aqui é a feira nacional de Não-sei-quê da Cidadezinha-de-nada! Mas que feira, que nada! O que vocês estão fazendo aqui, então? Ora, a rua é pública, minha senhora! A senhora, qual é mesmo seu nome? Raquel? Bem, Raquel, a senhora vai ter que me pagar o prejuízo! Quinze reais! Minha mulher já foi sacando a carteira. Peraí, madame! Quem vai ter que pagar é a senhora! Vem me incomodar e à minha mulher, que tá grávida assim do nada! Faz ela sair do carro, estamos de viagem, e ainda se acha no direito? Faça o favor de pagar a senhora! Eu quero uma polícia. A senhora vai pagar. Polícia! Não tem uma polícia que seja nesse fim de mundo? A mulher foi saindo de fininho, mas prometendo rebote. Demos um jeito de arrancar de lá. Que cidade de doidos!
terça-feira, 3 de julho de 2007
Viagem
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